A Justiça Federal de Curitiba decretou a prisão do ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, por crimes investigados pela Operação Lava Jato. A pena total a ser cumprida em regime fechado é de 98 anos. A informação foi divulgada em primeira mão pelo G1 e confirmada pelo Metrópoles.
Duque já havia cumprido pena de 2015 a 2020 por outro caso, mas foi solto em 2020 pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) após cumprir 5 anos em regime fechado. Na ocasião, ele foi condenado por associação criminosa e cumpriu pena no Complexo de Pinhais, em Curitiba.
Ao liberá-lo, a Corte impôs medidas cautelares como a proibição de deixar o país, de entrar em contato com outros investigados e o uso de tornozeleira eletrônica.
Apesar de não ter feito acordo de delação premiada, Duque confessou crimes que envolveram supostas operações de propina ao PT e à alta cúpula do partido, incluindo o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, José Dirceu e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Duque foi um dos primeiros alvos do alto escalão da Petrobras na Operação Lava Jato. Em novembro de 2014, durante buscas em sua casa pela PF, ele se revoltou e questionou, em conversa com seu advogado: “Que País é esse?”.
Após cumprir a primeira pena, o ex-diretor da Petrobras foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro em diversos processos, o que resultou na pena total de 98 anos, transitada em julgado (quando não há mais recursos).