O julgamento de Juliano Azevedo Cardoso, de 29 anos, pelo assassinato brutal de sua esposa Mikaela Oliveira Rodrigues, chegou ao fim às 19h36 desta quarta-feira (17). O crime ocorreu em setembro de 2023, no Jardim Campanário, em Anastácio.
Juliano foi julgado pelo tribunal do júri de Anastácio. O promotor de Justiça, Dr. Marcos Martins de Brito, apresentou a acusação, pedindo a condenação conforme as qualificações do crime.
A defesa, representada pela defensora pública Dra. Sara Curcino Martins de Oliveira, buscou a exclusão da causa de aumento e o reconhecimento da confissão, propondo a compensação de uma qualificadora.
Sentença
Em votação secreta, o conselho de sentença, por maioria, reconheceu a autoria e materialidade do crime de feminicídio, acolhendo as qualificadoras e rejeitando a absolvição. A causa de aumento prevista no artigo 121, §7º, inciso III, do Código Penal foi aceita.
O crime foi descrito como planejado e premeditado, com a vítima sofrendo dez ferimentos causados por arma branca, incluindo um corte extenso no pescoço. O réu foi considerado egoísta, possessivo e ciumento, fatores que contribuíram negativamente para sua personalidade.
Pena e justificativas
A pena foi exasperada devido às circunstâncias agravantes, incluindo a crueldade do ato e o impacto emocional sobre a família da vítima. Juliano foi condenado a 24 anos de prisão, sem direito à substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direito, e sem suspensão condicional da pena, dado o caráter violento do crime.
O réu cumprirá a pena inicialmente em regime fechado e não poderá apelar em liberdade. A prisão foi mantida devido à gravidade do delito e ao risco à ordem pública e à aplicação da lei penal.
Fonte: Jornal A Princesinha News