Uma quadrilha especializada no furto e receptação de motocicletas em Campo Grande foi desarticulada nesta quarta-feira (17) por policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar. Cinco pessoas foram presas e, como nenhum dos detidos pagou a fiança de R$ 5,6 mil, passarão por audiência de custódia nesta sexta-feira (19). A Justiça decidirá se eles responderão ao processo em liberdade.
Membros da quadrilha confessaram crimes e detalharam funções
Durante depoimento na delegacia, um dos detidos, de 22 anos, confessou que recebia R$ 400 por cada moto furtada entregue aos compradores. Ele atuava a mando de um comparsa conhecido como “Batata”. As motos eram vendidas como “bob”, ou seja, com restrições no documento, por um valor bem abaixo do mercado: R$ 3 mil, enquanto o valor real chegava a R$ 15 mil.
A esposa do rapaz também foi presa por receptação, pois a investigação apontou que o Pix das compras das motos furtadas era feito em seu nome. Ela, no entanto, não quis se defender na delegacia e preferiu ficar em silêncio.
Prisões e apreensões
No momento da prisão, o rapaz de 22 anos estava com “Batata” na garupa de uma das motos que seria entregue a um cliente. O comparsa, que havia furtado a moto dias antes, também foi detido. Os três foram levados para a delegacia.
Na ação, os policiais apreenderam cinco motocicletas:
Além das motos, três aparelhos celulares também foram apreendidos.
Investigação e modus operandi
A ação para identificar a quadrilha durou dois dias, a partir de uma denúncia sobre a venda de uma motocicleta furtada. A investigação começou no bairro Maria Aparecida Pedrossian e se estendeu por toda a capital. Segundo a polícia, a quadrilha atuava apenas em Campo Grande.
Ao longo da investigação, a polícia chegou até os dois membros da quadrilha que faziam a entrega dos veículos furtados. Eles confessaram o crime e detalharam como atuavam: eram responsáveis pela divulgação e venda das motos nas redes sociais.
Os detidos também afirmaram que um “chefe” da quadrilha era responsável pela remarcação do chassi e motor dos veículos para que fossem vendidos como “bob”.
Posteriormente, a polícia identificou duas pessoas que compraram as motos furtadas e as prendeu por receptação. Por fim, a mulher que recebia o pagamento via Pix das motos vendidas foi presa por associação criminosa.