A polícia prendeu, na manhã desta quarta-feira (24), a mulher suspeita de entrar em um hospital, se passar por pediatra e raptar uma bebê recém-nascida durante a madrugada, no Hospital de Clínicas de Uberlândia, a 537 km de Belo Horizonte. Veja a seguir quem é a mulher suspeita.
Quem é a suspeita?
De acordo com a polícia, a mulher detida é Cláudia Soares Alves, de 42 anos. Cláudia Soares Alves é médica, com especialização em neurologia e clínica médica. Ela tem um filho de 16 anos.
Cláudia era professora da Universidade Estadual de Goiás, mas pediu exoneração no início deste mês. “Após concluídos todos os trâmites processuais, não fará mais parte do quadro docente da Universidade”, informou a instituição.
Atualmente, ela é professora da UFU (Universidade Federal de Uberlândia), efetivada neste ano. Segundo alunos, a especialista estava afastada do ofício alegando uma gravidez de risco.
O currículo da médica indica que Cláudia se formou na Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, em novembro de 2004. Ela fez residência em clínica médica na UFU. A residência em neurologia também foi realizada na Universidade Federal do Triângulo Mineiro.
Onde a suspeita foi presa?
Cláudia Soares Alves foi presa nesta manhã em Itumbiara, no interior de Goiás, onde ela tem uma clínica.
A mulher contou à polícia que passava por uma gravidez de risco e que teria perdido o bebê. A médica alega ainda que tomou um remédio na noite de terça-feira (23) e que estava em surto no momento em que raptou a criança.
A Polícia Civil acredita que o crime foi premeditado, uma vez que, na casa e no carro da médica, foram encontrados itens voltados para o cuidado de recém-nascidos.
O caso está sendo apurado como sequestro qualificado. O crime, previsto no artigo 148 do código penal, prevê pena de detenção de dois a cinco anos.
Como o bebê foi raptado?
A mulher entrou na maternidade do Hospital de Clínicas da UFU (Universidade Federal de Uberlândia) se passando por pediatra. Segundo testemunhas, ela questionou outros profissionais da unidade onde era a ala da maternidade.
A suspeita usava jaleco branco, máscara facial e credencial de identificação da UFU, universidade onde Cláudia dá aulas no curso de medicina.
De acordo com a polícia, andando pela unidade, a mulher encontrou a bebê, junto aos pais, e chegou inclusive a tocar os seios da mãe, dizendo que o leite ainda não havia descido e que ajudaria a alimentar a criança.
Depois de alguns minutos, essa enfermeira foi vista pelo pai sem a criança. Questionada, ela disse que uma outra enfermeira levaria a bebê de volta para o quarto.
Sem informações da criança, a família acionou a Polícia Militar.
Imagens do circuito de segurança mostram a movimentação da mulher dentro do hospital. A câmera flagrou o momento em que ela deixa a unidade com uma mochila e cobertor na mão. Os pais da criança acreditam que a suspeita tenha colocado a bebê dentro da mochila para passar despercebida. A gravação ainda mostra o carro da mulher deixando o local.
A criança foi encontrada na casa da suspeita, em Itumbiara. Ela passou por exames, que constataram que não há sinais de maus-tratos. O bebê estava sendo transferido para Minas Gerais nesta tarde.
A reportagem tenta contato com a defesa da suspeita.
Por: R7, com TV Paranaíba