“Não sou candidato a nada. Nem a prefeito e nem a vereador”. A sentença, agora definitiva, é do ex-governador André Puccinelli, que após tentativas de suspense e claro, muitas especulações resolver falar sobre a desistência da candidatura a Prefeito de Campo Grande (MS).
Conforme já tinha adiantado para o jornal A Onça na semana passada quando explicou quais seriam as condicionantes para continuar candidato. Ele falou com a reportagem na manhã desta terça-feira (25) poucas horas antes da coletiva em que vai falar sobre o assunto.
Nem mesmo a divulgação de uma nova pesquisa, onde ele lidera isolado, o fez mudar de ideia. “Não mudo, apalavrei. Antes falava que tinha minhas condições para ser candidato e não consegui. Agora, eu vou pensar em 2026”, afirmou.
Nova tentativa de “suspense”, até poderia ser sobre para quem o ex-prefeito da Capital vai apoiar neste primeiro turno. Mas para ele, tudo já está claro. “Temos um pré-acordo com o PSDB e o MDB é mais simpático em apoiar o Beto. Teremos espaço no Governo”, pontuou.
Puccinelli não vê como um fim, nem como “amarelar”. “Estão dizendo que amarelei. Não, hoje eu vejo o que é melhor para o MDB e ter espaço político para voltar a crescer é o melhor nesse momento. A população campo-grandense me conhece e sabe do meu trabalho. Em cada canto de Campo Grande tem um pouco de André Puccinelli”, pontuou sobre seus oito anos como prefeito e outros oito anos enquanto foi governador do Estado.
Apoios
Na semana passada, ao conversar com nossa editora, Puccinelli não teve pudores ao falar sobre possíveis apoios se confirmada sua desistência de candidatura. “Só não dá para caminhar com o PT. Não combina o PT com o MDB. Você acha que combina?”, questionou. Ao ser lembrado que a ex-senadora Simone Tebet é ministra do governo Lula, o líder emedebista não se fez de rogado. “Mas a Simone tá no governo Lula da cabeça dela. Oras, o André pode grudar com o PT? O Zeca me detesta. Sei que a Camila é uma boa moça, mas faz uma pesquisa aí para ver o que as pessoas acham do André pedir votos para o PT. Já ganhamos do PT na Prefeitura da Capital, ganhamos também no Governo. Eles não gostam da gente”, relembrou.
Para Puccinelli, o caminho mais “encaminhado” (ele fez questão de frisar que é um pleonasmo), passa não só por 2024 como também por 2026, junto com o PSDB. “Temos um pré-acordo resultado da reunião que tivemos ano passado na casa da Simone junto com o Eduardo Rocha e Eduardo Riedel. Então há um acordo genérico para esse apoio desde essa reunião. O MDB, não eu, eu falo dos medebistas, é mais simpático a apoiar o PSDB, inclusive com um pré-acordo para apoiar a reeleição do Riedel”, confessou.
Créditos: Liziane Berrocal – A Onça