O deputado federal Beto Pereira (PSDB-MS), pré-candidato à Prefeitura de Campo Grande, questiona às deficiências do transporte coletivo em Campo Grande, destacando a necessidade de fiscalização mais rigorosa por parte da Agência de Regulação de Serviços Públicos de Campo Grande (Agereg) e que o Consórcio Guaicurus cumpra integralmente o contrato vigente.
Beto Pereira afirma que os 100 mil usuários do transporte público de Campo Grande só fazem o uso porque “não tem uma outra opção”. O pré-candidato denomina o transporte como “caro, ruim e demorado”.
Ele enfatiza a importância de transformar a Agereg de fato em um órgão fiscalizador efetivo, buscando garantir que o Consórcio Guaicurus, atual responsável pelo transporte público, cumpra com as suas obrigações.
Beto Pereira apontou situações mais críticas, onde os usuários frequentemente denunciam a presença de frota circulando nas ruas com até 10 anos, a ausência de cobertura nos pontos de ônibus, além da falta das reformas prometidas nos terminais.
“Ao observar as condições que são oferecidas aos cidadãos. Quando o usuário vai para ponto de ônibus onde não existe sequer uma cobertura. Existe apenas um pedaço de caibro pintado de laranja, aquilo é uma parada de ônibus. Isso evidencia o fracasso do transporte público”, critica Beto à atual gestão.
Para o pré-candidato, a melhoria passa pelas mãos do prefeito. Beto Pereira cita que é possível evitar os atrasos e a demora e ainda evitar que os usuários passem por situações vexatórias de entrar no ônibus e não chegarem nos locais de desembarques desejados pelo fato do ônibus ter quebrado durante o trajeto.
Os caminhos apontados por Beto Pereira passam por um programa de pavimentação total das linhas de ônibus e na mudança no trânsito, no uso de inteligências artificiais e da semaforização. “São 39 quilômetros de linhas de ônibus que ainda não possuem pavimentação em Campo Grande”, indigna Beto.
Propostas de melhorias
Beto Pereira reforça que a proposta de aprimoramento do transporte público inclui ainda a remoção de abrigos sem cobertura e investimentos na reforma dos sete terminais existentes. Ele ressaltou a importância de realizar manutenções de limpeza periódicas nos terminais, destacando que as condições precárias atuais não podem persistir por longos anos, especialmente no que se refere a reparos nos banheiros.
“Se trata de manutenções periódicas nos terminais. Como estão não podem ficar, durante anos e anos aguardando simples reparo no banheiro. Nós temos que dar pelo menos dignidade às pessoas que usam do transporte”, diz Beto como uma das prioridades.
Quanto à possibilidade de implementação da tarifa zero, Beto Pereira expressou a posição de que isso só seria viável com garantias de recursos provenientes de parcerias. Ele menciona que atualmente a gratuidade para alunos da rede estadual de ensino está disponível devido ao apoio financeiro do governo estadual.
Beto salientou a necessidade de reestruturar todo o sistema público de transporte em Campo Grande para se pensar em viabilizar a tarifa zero.
“A tarifa zero é discutida no Brasil. Agora, alguém paga por isso. Não existe tarifa de graça sem ninguém pagar. E quem subsidia isso, quem aporta recursos para isso é justamente o poder público”, aponta.
A frota de transporte público de Campo Grande conta com 473 veículos. A última aquisição de novos ônibus foi somente em junho de 2023, quando o Consórcio Guaicurus adquiriu 71 ônibus com subsídio da Prefeitura de Campo Grande. Atualmente, a tarifa vigente para os passageiros é de R$ 4,75, a sexta mais cara do país.